quarta-feira, 31 de março de 2010

O Soldado

É um monte de sono.
É um cigarro impossível de acender
É a voz da terra ansiada pelo mar.
É Tempo. É Madrugada.

A corda do sono.
Os pássaros vão enchendo na aldeia,
Como um camponês acorda do sono de madrugada.
A inchada no ombro, a catana na mão
Vai a machamba que no futuro dependerá do seu sacrifício.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ser Jovem

Ser Jovem é saudar pelo amanhã os companheiros da Jornada, depois de agradecer a Deus o milagre mais um dia. Ser Jovem é amar a vida e ser capaz de a construir todos os dias. Ser Jovem é sentir-se solidário com todos os homens, lutando para um mundo novo. Ser Jovem é construir a própria vida ajudando a construir a dos irmãos. Ser Jovem é amar os que não sabem amar. Ser Jovem é olhar a criança como irmão mais novo e olhar o idoso como irmão mais velho que precisa de carinho de viver.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Nós Seremos Irmãos

Nós seremos irmãos unidos
Aqueles que dia e noite
Fizeram com as suas mãos
Os caminhos da Vida

Nós seremos lágrimas, suor e sangue,
Que desafiando mortes e séculos
Fundiremos esperanças e fé!

Nós seremos irmãos unidos
A florir a madrugada, a terra
Que alimentará violas e encaminhará
O Homem. Seremos Irmãos, a certeza e o porvir

quinta-feira, 25 de março de 2010

Minha Polivalente

A Escola que está na nossa mente. O mundo confia em nós para sermos uma melhor semente. Estamos numa Escola Polivalente, em que os alunos estudam livremente… Sois vós escolhidos para estarem numa escola de boa educação. Porque Polivalente está no nosso coração.
Não deixaremos Polivalente, porque é Ela que revela as nossas mentes.

Embora no mundo haja inveja, o invejoso não tem salário

terça-feira, 23 de março de 2010

O Coelho e o Macaco

Era uma vez, ainda quando os animais falavam, dois amigos: O Coelho e o Macaco. O Macaco era rico e burro enquanto o Coelho era pobre mas esperto.
Certo dia, o Macaco decidiu visitar o Coelho, mas quando lá chegou encontrou o coelho a dormir e um pequeno animal a fazer o papel de empregado. O Macaco ficou espantado e optou comprar o animal para ser empregado na sua casa. Quando o Coelho acordou, o Macaco disse ao Coelho que queria comprar o animal do Coelho. O Coelho primeiro foi para dentro de casa, abriu tigelas, armários e encontrou tudo sem comida. Ao sair aceitou a proposta de compra do seu animal. O coelho disse quanto o preço que queria, antes de o Coelho acabar de falar o Macaco disse ‘’Eu vou ti pagar 50 casas, 20 carros e 900,000 meticais’’. O Coelho aceitou o pagamento e disse ‘’ Posso despedir-me do animal?’’. O Macaco disse que sim. Logo o Coelho envenenou o animal. Quando o Macaco chegou a casa deu de comer ao animal num prato de vidro, depois de ter passado uma hora o animal morreu. O Macaco desesperado foi comentar a morte do animal à casa do Coelho. Quando lá chegou contou o que se tinha passado e o Coelho disse que fora causado pelo prato de vidro. ‘’Tens razão, eu li dei cumida no prato de vidro é por isso, mas não há problema é mais uma história para a vida’’. E assim ficaram.
Mas o Coelho com a sua esperteza não parou por ali e inventou uma outra história. Levou um grupo de amigos, incluindo o Macaco, a uma bebedeira. Quando lá chegou, primeiro pagou a conta e segundo começaram a beber até ficarem grossos. De repente o Coelho disse ‘’Meu chapéu vá pagar a conta”. Nenhum garsonete veio lhes cobrar. O Macaco com a sua burrice disse ao Coelho ‘’Quero comprar o teu chapéu, quanto é que me cobras?’’. O Coelho disse ‘’ Eu quero 500,000 meticais’’. O Macaco comprou o chapéu.Certo dia, o Macaco foi até um bar sem nenhum centavo. Pediu o que queria e disse ‘’Meu chapéu vá pagar a conta’’. Os donos do bar disseram ‘’Quando é que o Senhor viu um chapéu pagar a conta?!?’’
O Macaco quis fazer confusão e se deu mal. Foi preso. No dia em que foi libertado afiou uma catana para matar o Coelho. O Coelho ouviu que o Macaco o vinha matar e disse para a sua esposa ‘’ Minha Mulher, se o Macaco chegar aqui diz-lhe que morri porque ele vem-me matar. E diz também que eu deixei um pau que acorda os mortos se lhes dermos uma boa pancada”. E fingiu-se de morrer, Quando o Macaco chegou encontrou a mulher do Coelho a chorar. Perguntou o que tinha acontecido e a mulher do Coelho contou. O Macaco pegou de imediato e deu uma boa pancada no Coelho e o Coelho acordou. “Posso comprar esse teu pau com tudo que tenho menos algum dinheiro de passagem?”. O Coelho aceitou. O Macaco disse ‘’Agora vou para onde se morre muito para ter muito dinheiro’’.
Foi para uma terra onde acabavam de ter uma batalha e encontrou enquanto o filho de um rei tinha morrido. Disse “Eu vou acorda-lo com o meu pau mágico, só preciso de estar sozinho nesta sala’’. E ficou a bater no cadáver até se ver o seu interior. Quando o rei viu o cadáver do filho naquele estado mandou matar o Macaco. E Macaco foi fusilado.
O Coelho continuou esperto e mais rico, é por isso que é esperto até hoje.

sábado, 20 de março de 2010

Juízo Final

Apareceu o miserável milionário no Céu e impacientemente esperou a hora de ser julgado. Conduziram-no a uma sala, logo outra e outra e para outra ainda até ver o esbranquejar da luz.
- A hora de ser julgado chegou – disse o Todo-Poderoso – O que fizeste de bem na Terra?
-Nasci, cresci, amei, tive filhos e vivi - disse o milionário
-Só? – retorquiu o Todo-Poderoso – Essas são virtudes a que estavas destinado, a todos os seres vivos lhes foi atribuído. Não te podes afirmar por outras obras?
-Uma vez contribuí para a construção de um Hospital para paralíticos com 500 cruzeiros, outra vez desembolsei um valor para ajudar a construção de um conforto para uma velha viúva.
-Só? – perguntou o Todo-Poderoso – Acho que essas virtudes as tiveste porque te sentias investido. Vivias bem, mas no nosso balanço não existe misericórdia.
-Não Todo-Poderoso, contribuí outra vez com 500 cruzeiros para a construção de um convento dos missionários de Jesus.
-A tua mentira ainda não te afasta dos teus ricos pecados. Anjos, tragam-me 1000 cruzeiros e mandem este homem às profundezas do Inferno.
E o milionário foi conduzido para as calmas chamas do inverno onde instalou a sua pobre e complicada vida.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Estudante Negro Moçambicano

Sou negro da desgraça mas digo eu ‘’Graças a Deus” porque não sou negro estudante em vão, do tipo carvão. Procuro o meu futuro do como um jardineiro que está a regar uma planta a germinar precisando do fruto da planta.
Mas sei que não só eu sozinho procuro o meu futuro, sei que existem esses que me ajudam a procurar o meu futuro melhor como uma fruta doce de sabor mel.
Não se riam, porque sei! Não há fruta do sabor mel, mas sim sei que o meu futuro será doce como o próprio mel!
Sentado na carteira digo eu menino negro moçambicano: estou passando muitas consequências, mas no futuro ganharei estar.
Digo eu, Menino Negro moçambicano: brincar de hoje é estudar, falar de hoje é estudar. O que eu faço é ficar cansado de batalhar? Não! Continuarei a batalhar na presença do meu meu material de trabalho. Não estou isolado não. Quem está está isolado é uma rosa murchando.
Como é bom ser estudante Negro Moçambicano

segunda-feira, 8 de março de 2010

A Amizade é como uma Árvore

É nosso saber conhecer ao diversos usos e costumes, e no que há de melhor, aprendermos a viver em harmonia e amizade com todos. Um educado deve saber dar-se bem com todos rapazes, raparigas, mais velhos e mais novos. Estes hábitos devem ser aprendidos desde criança, no seio da família. Atitude de exemplo: Devem-se cumprimentar as pessoas; quando nos fazem perguntas devemos responder; deve-se ter palavras gentis e um sossego para os outros. Nós somos polivalentes e devemos ser presentes para amizades valentes. A Amizade é uma semente que no futuro será fruto colhido. A Amizade é para toda a eternidade. O Amigo de verdade conta tudo da vida: coisas ruins, coisas boas. A Amizade é nova visão, a Amizade é uma transformação de nada em vida. A Amizade.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Minha Casa Dois

Farto de ficar longe de ti
Enchem o meu saco de solidão
Queria ter-te aqui
Bem perto do meu coração

Olhava para o lar
que enchia cada vez que eu observava
Fazendo-me lembrar
A última vez que eu observava
Antes de aqui partir

Neste pobre vila cresci
Aprendi coisas boas para aprender
Até então um ano permaneci
Sem ainda me arrepender.

Ficava com os amigos em tempo de lazer
Lia os apontamentos com muito prazer
Às vezes tinha a companhia especial de lado
Para ter o rancor que por algo foi provocado
Por mais que subam as marés
Nesta Viagem juntos estaremos
Jamais te esquecer Marrere (Polivalente)
Pois contigo juntos venceremos!